Aglomerados quase cem homens, como sardinhas em lata, no pequeno ambiente da representação brasileira em Tegucigalpa, onde: dorme-se no chão pelo sistema de rodízio; a comida é racionada e não-balanceada; os poucos banheiros são insuficientes para a nervosa demanda; a falta de banho faz os suores azedarem; escasseiam os materiais de limpeza e higiene, como detergentes, papel sanitário, sabonetes, desodorantes, pasta e escovas de dente; o ar ambiental começa a ficar fétido, nauseabundo, causando enorme desconforto e, ao que parece, alguma confusão mental entre o xerife Zelaya e os da sua tropa de choque…
Compartilhada apenas uma escova de dente, a seco, para cada nove ou dez abrigados, os odores produzidos pela mastigação, deglutição e digestão de pizzas, sanduíches mistos, pacotinhos de biscoitos, chocolates e outras porcarias contrabandeadas das vizinhanças, por cima do muro, já tornam insuportável, para o batalhão de “hóspedes”, o ambiente no interior da, outrora aprazível, representação brasileira.
A saída usada pelos “abrigados”, para fugir à tremenda inhaca, foi recorrer ao uso de máscaras cirúrgicas, que, curiosamente, apesar de não se saber de onde saíram ou entraram, ainda suscitaram a Zelaya que mostrasse, e reclamasse ao mundo, a encenação de um suposto “ataque de gás químico” ao seu clã entrincheirado.
Diante de tanto desconforto, já circulam em rodas de fofoqueiros nas imediações do Palácio Itamarati, que nossa brava chancelaria deverá adquirir e distribuir, entre as representações brasileiras no exterior, assim como fazem as empresas aéreas na primeira classe dos aviões, bolsinhas “nécessaire” nas cores verde e amarela, contendo um “kit hospedagem”, do qual constarão: uma escova de dente, um tubo de dentifrício, um sabonete, um xampu, um creme rinse, um desodorante, meia-dúzia de cotonetes, um pacotinho de papel ‘Yes’, um cortador de unhas, um vidrinho de tintura para bigodes, três chips de preservativos e, ainda se discute essa hipótese, uma máscara cirúrgica…
Segundo as mesmas línguas de trapo, Marco Aurélio Garcia, assessor internacional da presidência, já estaria encarregado de dar curso a esse projeto, provisoriamente denominado “Nosso Hóspede, Nossa Gente”.
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