Algumas barbearias nos Açores ainda são à moda antiga…
Continuam a ser locais privilegiados para um bom “bate boca”. Nos nossos dias
porém, a conversa não se fica pela coscuvilhice de aldeia. Vai mais longe… A
notícia da “Partícula de Deus”, descoberta pelo mega laboratório do CERN
(Conselho Europeu para a pesquisa nuclear), sujeita ainda a confirmação,
anunciada com algum alarde pela “mídia”, tem convocado o interesse até do homem
comum, embora nestes dias de Crise a sua atenção se volte mais para a falta de
dinheiro no orçamento familiar. Tanto assim, que o tema teve que ser
“dissecado” na última vez que fomos ao barbeiro. Um dos fregueses, homem de
avançada idade, mas sem evidências de senilidade, camponês, diante de tanta
controvérsia levantou a voz e declarou: “É mais fácil mudar o Oceano para outro
lugar que a Ciência alguma vez possa descobrir o mistério da Criação”. Esta
afirmação, aparentemente absurda, revela no entanto a inutilidade de uma
investigação científica orientada para negar a existência de um Deus Criador.
Continuam a ser locais privilegiados para um bom “bate boca”. Nos nossos dias
porém, a conversa não se fica pela coscuvilhice de aldeia. Vai mais longe… A
notícia da “Partícula de Deus”, descoberta pelo mega laboratório do CERN
(Conselho Europeu para a pesquisa nuclear), sujeita ainda a confirmação,
anunciada com algum alarde pela “mídia”, tem convocado o interesse até do homem
comum, embora nestes dias de Crise a sua atenção se volte mais para a falta de
dinheiro no orçamento familiar. Tanto assim, que o tema teve que ser
“dissecado” na última vez que fomos ao barbeiro. Um dos fregueses, homem de
avançada idade, mas sem evidências de senilidade, camponês, diante de tanta
controvérsia levantou a voz e declarou: “É mais fácil mudar o Oceano para outro
lugar que a Ciência alguma vez possa descobrir o mistério da Criação”. Esta
afirmação, aparentemente absurda, revela no entanto a inutilidade de uma
investigação científica orientada para negar a existência de um Deus Criador.
Dá-se o caso que o autor da “teoria do bosão”, Peter
Higgs, ateu confesso, não gosta que chamem à sua partícula de “Partícula de
Deus”. Ele pelo menos é coerente… A formulação teórica da sua tese, que surgiu
em 1964, tem por objetivo último demonstrar que na criação do Cosmos não houve
qualquer intervenção de uma entidade exterior à matéria. Em consequência, uma
designação que inclua Deus, além de contraditória, pode ser tomada como uma
ofensa à Religião, como oportunamente ele manifestou.
Higgs, ateu confesso, não gosta que chamem à sua partícula de “Partícula de
Deus”. Ele pelo menos é coerente… A formulação teórica da sua tese, que surgiu
em 1964, tem por objetivo último demonstrar que na criação do Cosmos não houve
qualquer intervenção de uma entidade exterior à matéria. Em consequência, uma
designação que inclua Deus, além de contraditória, pode ser tomada como uma
ofensa à Religião, como oportunamente ele manifestou.
Inicialmente a hipótese do cientista britânico, chamou-se
de “Partícula Maldita”. Os círculos académicos assim a chamaram devido à
impossibilidade de confirmar a sua existência em laboratório, atendendo aos
meios técnicos da época. Quando em 1993, outro cientista, Leon Lederman,
norte-americano, nobel da física, quis levar ao prelo um livro sobre o tema, o
editor exigiu que o título fosse “Partícula de Deus”. Razões de marketing
falaram mais alto. É que, uma obra científica polémica com “Deus” metido no
meio, num mercado onde o debate entre Religião e Ciência está presente desde o
Século XIX, tem com certeza sucesso de vendas garantido.
de “Partícula Maldita”. Os círculos académicos assim a chamaram devido à
impossibilidade de confirmar a sua existência em laboratório, atendendo aos
meios técnicos da época. Quando em 1993, outro cientista, Leon Lederman,
norte-americano, nobel da física, quis levar ao prelo um livro sobre o tema, o
editor exigiu que o título fosse “Partícula de Deus”. Razões de marketing
falaram mais alto. É que, uma obra científica polémica com “Deus” metido no
meio, num mercado onde o debate entre Religião e Ciência está presente desde o
Século XIX, tem com certeza sucesso de vendas garantido.
Uma parte da Ciência não está apenas preocupada em
explicar o Universo, mas encontrar uma formulação teórica que demonstre
definitivamente que na origem do Cosmos não houve qualquer intervenção
independente e exterior à Criação. Tal objetivo é perseguido em alguns meios
académicos com verdadeira obsessão preconceituosa contra a Religião em geral e
o Cristianismo em particular. Chegam a ser ridículos alguns argumentos… Há
tempos um professor de biologia da Universidade dos Açores, por exemplo, em entrevista
à Antena I, justificou o seu Ateísmo no facto de nunca ter observado Deus ao
visionar uma molécula no microscópio… Pena que não tivesse havido o
contraditório… Também não vemos a eletricidade, o vento, e contudo, pelos seus
efeitos, não podemos negar a sua existência. O problema é que se está a
confundir Deus, “Causa Primeira”, no dizer de Hathaway, pai do cérebro
eletrónico, com uma imagem antropológica de Deus. Enquanto esta tem perfeito
cabimento no âmbito da Fé, atendendo ao atual estádio da evolução da
Humanidade, não o tem quando se transporta para o mundo da Ciência. Com efeito,
negar-se a sua existência como “princípio axiomático de todas as coisas”
está-se a negar a “Causa Primeira”, sendo que em boa lógica ninguém pode negar
o que não existe… Se não existe, para quê e como negar?
explicar o Universo, mas encontrar uma formulação teórica que demonstre
definitivamente que na origem do Cosmos não houve qualquer intervenção
independente e exterior à Criação. Tal objetivo é perseguido em alguns meios
académicos com verdadeira obsessão preconceituosa contra a Religião em geral e
o Cristianismo em particular. Chegam a ser ridículos alguns argumentos… Há
tempos um professor de biologia da Universidade dos Açores, por exemplo, em entrevista
à Antena I, justificou o seu Ateísmo no facto de nunca ter observado Deus ao
visionar uma molécula no microscópio… Pena que não tivesse havido o
contraditório… Também não vemos a eletricidade, o vento, e contudo, pelos seus
efeitos, não podemos negar a sua existência. O problema é que se está a
confundir Deus, “Causa Primeira”, no dizer de Hathaway, pai do cérebro
eletrónico, com uma imagem antropológica de Deus. Enquanto esta tem perfeito
cabimento no âmbito da Fé, atendendo ao atual estádio da evolução da
Humanidade, não o tem quando se transporta para o mundo da Ciência. Com efeito,
negar-se a sua existência como “princípio axiomático de todas as coisas”
está-se a negar a “Causa Primeira”, sendo que em boa lógica ninguém pode negar
o que não existe… Se não existe, para quê e como negar?
Quando se investiga a História da Ciência, sobretudo a
partir da Renascença, ao contrário do que se pretende fazer crer, as grandes
figuras se afirmam como homens de Fé. De Kepler a Einstein, passando por
Newton, Ampere e Edison, a lista é extensa, todos afirmam crer em um Deus
Criador. A Teoria da Evolução tantas vezes convocada para contraditar a visão
bíblica criacionista do mundo, fez com que o seu autor, Charles Darwin, tivesse
que declarar que “Jamais neguei a
existência de Deus. Penso que a Teoria da Evolução é totalmente compatível com
a Fé em Deus. O argumento máximo da existência de Deus parece-me residir na
impossibilidade de demonstrar e compreender que o Universo imenso, sublime
sobre toda a medida, e o homem tenham sido fruto do acaso”.
partir da Renascença, ao contrário do que se pretende fazer crer, as grandes
figuras se afirmam como homens de Fé. De Kepler a Einstein, passando por
Newton, Ampere e Edison, a lista é extensa, todos afirmam crer em um Deus
Criador. A Teoria da Evolução tantas vezes convocada para contraditar a visão
bíblica criacionista do mundo, fez com que o seu autor, Charles Darwin, tivesse
que declarar que “Jamais neguei a
existência de Deus. Penso que a Teoria da Evolução é totalmente compatível com
a Fé em Deus. O argumento máximo da existência de Deus parece-me residir na
impossibilidade de demonstrar e compreender que o Universo imenso, sublime
sobre toda a medida, e o homem tenham sido fruto do acaso”.
Considerar o Bosão de Higgs uma partícula de Deus,
além de abusivo, não é mais que uma tentativa de reduzir o Divino ao domínio da
investigação científica, como se se tratasse de matéria. “A Deus o que é de
Deus, a César o que é de César”… que o mesmo é dizer: aos homens o que é dos
homens.
além de abusivo, não é mais que uma tentativa de reduzir o Divino ao domínio da
investigação científica, como se se tratasse de matéria. “A Deus o que é de
Deus, a César o que é de César”… que o mesmo é dizer: aos homens o que é dos
homens.
Artur Rosa Teixeira
Muito bom. Quanto mais se nega, mais se afirma. Sou grato.
Muito bom seu artigo. Quem se entusiasmou com o conto da "Partícula de Deus" tem uma idéia reducionista de Deus, mas Deus é o princípio que está em tudo, em toda parte e não somente em uma partícula, senão Deus seria só uma partícula!!!
Neste filme da década de 30 já havia uma descrição da amplitude de Deus:
Do filme "O Egípcio".
http://www.youtube.com/watch?v=zwUwt5qAhC8