ENVIADO POR
Roberto Monteiro de Oliveira
mailto:rtmo@uol.com.br
em 18 de setembro de 2009 09:04
Vou repetir o que recentemente afirmei: o Eng Amilcar Brunazo (www.votoseguro.org ), há tempos já vem apresentando PROVAS irrefutáveis de que estamos dentro de uma verdadeira conspiração tecnológica, na qual as Urnas Eletrônicas — vulneráveis, fraudáveis e INAUDITÁVEIS — são o instrumento que permite que fraudes gigantescas sejam feitas, (algumas já comprovadas) e — POR CONSEQÜÊNCIA — tudo o mais que possamos tentar fazer para que seja recuperada nossa ”democracia” (mesmo cheia de defeitos) é simplesmente IMPOSSÍVEL — ESTAREMOS BANCANDO OS PALHAÇOS…
O Dr. Amilcar resume essa trágica realidade com um slogan extremamente preciso e conciso:-
“SEI EM QUEM VOTEI, ‘ELES’ TAMBÉM;
MAS SÓ ‘ELES’ SABEM QUEM RECEBEU MEU VOTO”
Agora divulgarei a opinião de um outro profissional o Dr. Walter Del Picchia, Prof Titular da Escola Politécnica da Universidade de S.Paulo ( wdeltapi@gmail.com ) em 13 de Agosto de 2009, enviada para o Blog do Adriano Soares da Costa em 13/8/09):
CITAÇÃO:
Ele ESCREVEU:
“Prezado Adriano
”Li todos os artigos sobre as urnas-e brasileiras de seu blog. Não sou candidato derrotado, nunca trabalhei em algo relacionado com atividades eleitorais e não ofereço qualquer tipo de consultoria na área. Por isso, minha opinião é livre de interesses financeiros e/ou partidários. O que me move é a preocupação de deixarmos para as gerações vindouras um sistema eleitoral tão falho, sujeito a inúmeras fraudes e manipulações, na contra-mão de tudo que se faz no resto do planeta. E, pior, impingido desonestamente como uma maravilha para a sociedade iludida e anestesiada.
Não é condizente com a democracia pela qual lutei. E discordo da afirmação de que é fraudável na ‘teoria’. Ele é fraudável sob todos os pontos de vista, não passa nos testes menos exigentes de segurança de dados (sistema informático no qual a segurança depende da honestidade de seus controladores é intrinsecamente inseguro). As afirmações dos doutos (na área jurídica) juizes do TSE são risíveis e irrelevantes, pois eles entendem de segurança de dados menos do que eu, engenheiro eletrônico, entendo de cirurgia pulmonar. Só o fato do TSE fugir de debates e/ou testes independentes já depõe contra a honestidade da urna-e. Gostaria de propor uma direção para o debate proposto pelo senhor. No site www.votoseguro.org há uma cartilha com um resumo das principais críticas dos que desejamos mais transparência. Que tal o TSE, e/ou seus defensores, responderem às graves afirmações lá contidas?
Ei-las:
CARTILHA BÁSICA DO VOTO-E no Brasil – Atualizada em agosto de 2009 (ver página principal de www.votoseguro.org ).
I) Argumentos técnicos demonstram a insegurança da urna eletrônica brasileira:
1. Adulterações nos programas podem provocar o desvio de votos sem deixar rastros;
2. Adulterações nos programas podem permitir a identificação sistemática do voto (o número do título eleitoral é digitado na urna);
3. É impossível verificar, na prática, se os programas das 400 mil urnas são corretos.
II) São procedimentos insuficientes para garantir a segurança (passíveis de serem burlados):
1. Emissão da Zerézima (suposta demonstração de que a urna estaria sem votos);
2. Votação Paralela (simulada) no dia da eleição;
3. Auto-verificação de assinaturas digitais pelo próprio programa das urnas;
III) A propaganda do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre suas próprias urnas eletrônicas:
1. Usa jargão que confunde o eleitor;
2. Sistematicamente, ignora e nega os inúmeros problemas ocorridos.
IV) Em relação à confiabilidade:
1. A urna eletrônica brasileira não permite conferência externa da apuração;
2. O TSE impede uma investigação independente;
3. O TSE mantém secretos relatórios que apontam falhas importantes.
V) As urnas biométricas (com leitura da impressão digital do eleitor) também são inseguras:
1. Não são aceitas em todo o mundo por causa dos riscos de violação de votos;
2. Tem custo proibitivo (equipamentos, programas e conferências);
3. Não impedem fraudes do mesário (colocar votos por eleitores ausentes);
4. Não impedem a compra de abstenção ou de votos (feita com filmagem pelo celular);
5. Dificultam, mas não impedem, o cadastro de eleitores fantasmas;
VI) Visão do exterior sobre a urna eletrônica brasileira:
1. Foi rejeitada por TODOS os mais de 50 países que vieram conhecê-la;
2. É proibida em dezenas de países por não materializar o voto e por
identificar o eleitor (exemplo: Alemanha, Holanda, Reino Unido, 40 estados dos EUA, Argentina, México e Paraguai);
3. Até o inventor da Assinatura Digital condena a ausência da materialização do voto;
VII) O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) detém super-poderes.
Em relação às eleições, ele:
1. Executa/administra;
2. Legisla/regulamenta (a fiscalização permitida é feita com regras do
próprio fiscalizado);
3. Julga;
4. Muitas vezes ignora as próprias regras;
5. Recebe as denúncias;
6. Protela ou as arquiva;
7. Julga-se a si mesmo;
8. Absolve-se.
VIII) Propostas para dar confiabilidade ao sistema eleitoral eletrônico brasileiro:
1. Adotar a tri-partição dos poderes no processo eleitoral, reservando ao TSE a função judiciária;
2. Adotar o voto em papel conferido pelo eleitor para permitir a auditoria da apuração eletrônica;
3. Não identificar o eleitor na mesma máquina na qual ele vota.
———————————————————-
SEI EM QUEM VOTEI. ‘ELES’ TAMBÉM.
MAS SÓ ‘ELES’ SABEM QUEM RECEBEU O MEU VOTO!”
=========================FIM DA CITAÇÃO
A questão das urnas eletrônicas é tão gritante, que deveria ser colocada em primeiro plano, prelimarmente a qualquer outra discussão. Pois do contrário, como tem acontecido até aqui, cada eleição não passará de uma grande palhaçada de funestas consequências, já que seus resultados podem ser facilmente manipulados.